Evolução dos Ursos – Parte 3: Ursos do hemisfério norte

Urso-negro-tibetano
Dos ursos ainda vivos, os primeiros a surgir terão sido das espécies Ursus americanus (Urso-negro-americano) e Ursus thibetanus (Urso-negro-tibetano), e estavam disseminados pelo hemisfério norte. A competição com outros grandes carnívoros poderá ter condicionado a evolução do urso-negro- americano, agora com um tamanho inferior ao que tinha durante o Pleistoceno. Tem, actualmente, uma dieta omnívora e pode caçar cervídeos mas também pode tornar-se presa de um urso-pardo. O urso-tibetano distingue-se pelas orelhas relativamente grandes, mas sobretudo pela mancha branca em forma de V sobre o peito.
Urso-negro-americano
Para além de ter radiado em  U. americanus e U. thibetanus, o Ursus minimus também deu origem ao Ursus etruscus que, disseminado pela Eurásia, levou ao aparecimento dos ursos-das-cavernas na Europa e do ancestral do urso-pardo na Ásia. O desaparecimento dos ursos-das-cavernas pode dever-se à competição por cavernas, com humanos e ursos-pardos, ou às alterações climáticas.
O urso-pardo surgiu na Ásia há 0,5Ma e terá entrado na Europa há 0,25Ma, só mais tarde terá migrado para o norte de África. Dentro desta espécie existem várias subespécies, cuja especiação pode ter ocorrido por terem ficado isoladas geograficamente: o urso-pardo-himalaio (Ursus arctos isabellinus), o urso-pardo-europeu (U. a. arctos), o “grizzly bear” (U. a. horribilis, na América do Norte), e o urso- de-kodiak (U. a. middendorffi), o maior dentro das subespécies.
No Jardim Zoológico pode encontrar-se o urso-pardo (Ursus arctos). Ainda existe na Europa, onde tem um estatuto de conservação  de Pouco preocupante, segundo a IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza), mas em Espanha está considerado Em perigo. Em Portugal está extinto desde 1650, e desapareceu do norte de África no início de séc. XIX.