Evolução dos Ursos – Parte 4: Registos fósseis com lacunas

Numa evolução recente a partir do urso-pardo (Ursus arctos), surge o urso-polar (Ursus maritimus), cujo pobre registo fóssil levanta algumas dúvidas, pois já foram encontrados híbridos destas duas espécies, ou seja, descendência do acasalamento de um urso-pardo com um urso-polar, que manifesta características intermédias. O urso-polar, à semelhança do que aconteceu com os géneros Agriotherium e Arctodus, tem uma dieta estritamente carnívora, mas é ainda mais especialista do que as referidas espécies extintas porque caça animais marinhos.
O registo fóssil das espécies ainda vivas do sul da Ásia é muito pobre. Acredita-se que as grandes diferenças morfológicas, a língua comprida no urso-beiçudo (Ursus ursinus) e a língua comprida e garras curvas do urso-malaio (Ursus malayanus), se devam à adaptação a novos nichos ecológicos.
Muitas divergências existem ainda em relação à evolução e classificação dos pandas. Há quem diga que o panda-gigante (Ailuropoda melanoleuca) está mais próximo do panda-vermelho (Ailurus fulgens), outros que está mais próximo dos ursos, e há quem o coloque numa nova subfamília (Ailuropodinae) dentro da família Ursidae.
De qualquer forma, dentro da família Ursidae, as espécies partilham algumas características: são  plantígrados, têm 5 dedos, as suas garras não são retrácteis, os membros anteriores são maiores que os posteriores, os caninos são menos pronunciados do que noutros carnívoros, e são, em geral, bons trepadores.