Acenando a bandeira da conservação - em comemoração do dia mundial da Terra






A perda das espécies existentes na Terra - ou seja, a destruição da biodiversidade através de ameaças   de  todos  os  tipos como a poluição, o  crescimento  populacional e o aumento de consumo desenfreado  têm  levado a prejuízos  inigualáveis, pois nada pode ser feito para recuperar espécies que foram levadas à extinção e que eram fundamentais para a sobrevivência de ecossistemas naturais.
                                                
Preservar a terra implica conservar a sua biodiversidade e esta não é de todo uma tarefa fácil pois tem grandes implicações sócio-culturais.

Torna-se complicado proteger certas espécies em perigo de extinção quando as mesmas são consideradas ameaçadoras para as populações ou quando a maioria das pessoas nem sequer ouviu falar delas. Por estas razões surge um conceito interessante que nos permite preservar todo um ecossistema, a espécie-bandeira.

O que é uma espécie-bandeira?

São animais emblemáticos e carismáticos para o público. Podem simbolizar um país, um ecossistema, um habitat, são símbolo e emblema de campanhas de sensibilização e educação ambiental. O interesse e preocupação que estas espécies despertam no público são determinantes para mobilizar os recursos financeiros e originar o empenho da classe política, essenciais para que a Conservação da Natureza tenha sucesso.
Há muitos exemplos de espécies-bandeira como o Tigre-de-Bengala (Panthera tigris tigris), da Índia; o Elefante-africano-de-savana (Loxodonta africana); o Urso-Polar (Ursus maritimus), no Canadá; o Urso-Panda (Ailuropoda melanoleuca), da China entre tantas outras.

O mico-leão-dourado (Leontopithecus rosália) é também um bom exemplo de espécie-bandeira, assim como o Jaguar (panthera-onca), ou onça pintada como lhe chamam os brasileiros.


Mico-leão-dourado
Jaguar
Quantas vezes já ouvimos o velho cliché de que a Amazónia é o pulmão do planeta? Várias com certeza, mas não paramos para refletir acerca da importância desta afirmação.

É no mar que reside a maior diversidade biológica, mas quando falamos de biomas terrestres a Amazónia surge-nos como a maior “fábrica” de oxigénio do mundo e o ecossistema terrestre com mais biodiversidade.



Se olharmos para a terra como se de um ser vivo se tratasse compreenderíamos melhor a sua fragilidade. Se os seus pulmões residem nas grandes florestas, tal como o corpo humano é composto de 75% de líquido, o maior ecossistema do planeta são os oceanos que contribuem com 97% para a sua composição e tal como qualquer ser vivo mal tratado e intoxicado, a terra está cada vez mais doente e cabe a nós que a habitamos, cuidarmos dela para que melhore. Celebremos o dia mundial da Terra, assinalado a 22 de abril, mudando comportamentos e hábitos de forma a preservar o que de melhor temos, a natureza.