A Rena (Rangifer tarandus) é um cervídeo de grande porte, encontrado na América do Norte, na Europa e Ásia do Norte e na Gronelândia.
Sempre que o verão se aproxima, as manadas de renas migram para norte. Os machos podem medir até 215 cm de altura e pesar cerca de 170 kg.

Os cascos das renas são únicos porque se conseguem adaptar às condições meteorológicas sazonais. No verão, quando o terreno é mais macio, os fundos dos cascos das renas funcionam como esponjas para fornecer tração. No inverno, as extremidades dos cascos ficam salientes, o que lhes permite perfurar o gelo e evitar que escorreguem. Durante o inverno, as renas chegam mesmo a utilizar os cascos para escavarem as profundas camadas de neve para procurarem um dos seus alimentos favoritos, os líquenes.
Sabia que as renas têm sentidos apuradíssimos? A neve reflecte cerca de 90% dos raios UV e estes animais conseguem ver claramente com pouca luz e em ambientes muito brancos, onde os objectos se confundem com a paisagem pois conseguem ver os raios ultravioleta.
O olfato é outra ferramenta importante para encontrarem alimento debaixo da neve, daí o seu ser também mais apurado.
Por todas estas características foram domesticadas pelos povos do ártico sendo essenciais para a sua sobrevivência pois fornecem leite, carne, peles para a confeção de vestuário e ainda usam a sua força para puxar os trenós.

Sabia que a lenda do trenó do Pai Natal puxado por 8 renas tem origem na mitologia nórdica?
Durante as festividades do Solstício de inverno (Jul ou Yule) que se celebra entre 21 e 31 de dezembro, O Deus Odin viaja pelo céu com seu cavalo de oito patas, Sleipnir. Nos tempos antigos, as crianças germânicas e nórdicas deixavam as suas botas na janela cheias de açúcar para o cavalo Sleipnir.
Em retribuição, Odin deixava um presente como gentileza, daqui vem a tradicional bota pendurada na chaminé. Nos tempos modernos, Sleipnir foi transformado nas renas e o barbudo Odin acabou transformado no simpático Pai Natal. Até hoje existe uma estátua de Odin (ou Thor) na Noruega, que a Igreja acabou por transformar na estátua de "São Nicolau".