A
teoria da seleção natural foi muito criticada, por várias personalidades até
porque levantava sérias questões à origem do Homem, enquanto espécie, opondo-se
à visão criacionista.
Apesar
da teoria de Charles Darwin ter sido bem sustentada em observações e na teoria
de Malthus, duas grandes questões ficaram por explicar, nomeadamente porque é
que existiam variações entre os indivíduos de uma mesma espécie e de que forma
os mais aptos perpetuavam as suas características nas gerações seguintes.
Ervilheira |
Estas
questões só iam obter resposta, no início do século XX, com o surgimento da
genética, inicialmente impulsionada por Mendel, que definiu as leis da
hereditariedade para isso dedicou-se ao cruzamento de ervilheiras e analisou de
que forma variava a cor das flores dessas plantas, ou seja, o seu fenótipo.
Posteriormente chegou-se à base que determina a cor das flores e outras
características do fenótipos das diferentes espécies, os genes.
As
conceções originais de Darwin, em conjugação com os dados genéticos, assim como
outras ciências, levaram aquilo que hoje designamos por Teoria sintética da
evolução ou Neodarwinismo. Esta nova teoria, baseia-se na seleção natural e na
existência de variabilidade genética, que é no fundo, as variações pelas quais
existem diferenças dentro das populações.
É
sobre a variabilidade genética que atua a seleção natural, de notar que atua
sobre os indivíduos e não sobre genes em particular. As mutações são fonte de
variabilidade genética, introduzindo nova informação e podem condicionar a vida
do indivíduo ou revelarem-se favoráveis à sua existência sendo que desta forma
vão perpetuar as suas características. A reprodução sexuada por si só também
leva à recombinação genética, na meiose e na fecundação.