No texto da semana passada,
falamos sobre Neodarwinismo e que esta teoria veio completar a teoria de Darwin
e assenta em dois pilares a variabilidade genética e seleção natural.
A seleção natural atua sobre as
populações, representam um conjunto de indivíduos da mesma espécie, que existem
num determinado local e que se cruzam entre si. Dentro de uma população
saudável existe variabilidade genética, ao conjunto de todos os genes
existentes numa determinada população é chamado o fundo genético. Este é
crucial para que a população possa sobreviver perante novas condições que se
surjam no ambiente onde habitam. Assim se conclui, que numa população quanto
maior for a variabilidade genética, mais elevada será a capacidade desta
população sobreviver, esta é uma das grandes problemáticas que se colocam hoje
em dia à conservação das espécies, porque pelas inúmeras ameaças que as
populações sofrem, estas acabam por ficar condicionadas no seu fundo genético.
Quando as populações diminuem em número de efetivos, com estas também diminuem
também a informação genética, disponível na população.
Assim se coloca o desafio às
coleções zoológicas que se encontram ao cuidado humano, de manter a
variabilidade genética das populações existentes em zoos, para isso existem os
studbooks onde são registados todos os indivíduos e a sua filogenia, por forma
a evitar o cruzamento entre indivíduos aparentados geneticamente e assim
problemas relacionados com a consanguinidade. A este tipo de conservação
chama-se conservação ex-situ.