Charles Darwin,
dedicou-se durante a
sua vida à
criação de pombos. Reproduzia-os
de forma por ele determinada,
cruzando apenas
os indivíduos cujas características
ele queria manter
na população
que tinha ao
seu cuidado.
Ao longo de sucessivas gerações, apareceram novas
características nestas aves, o que hoje chamamos de diferentes fenótipos,
quanto maior o número de cruzamentos também maior é a probabilidade de
ocorrerem alterações no genótipo dos indivíduos, que posteriormente se refletem
no fenótipo. Ainda hoje, quando são feitos cruzamentos de cães ou gatos, a base
pode ser a aparência, ou seja, o fenótipo daquele animal.
Assim hoje em dia existem as mais variadas raças de cães e
gatos, todas elas criadas através de seleção artificial , da mesma forma que
Darwin o fez com os seus pombos.
Também em animais de produção encontramos hoje exemplos, de
seleção artificial, seja para a produção de carne ou de leite, como também dos
vegetais e cereais que comemos, procuramos sempre criar melhores e mais
rentáveis fontes de alimento.
Elefante-africano |
Este processo levou Darwin a considerar, que se ele poderia
manipular os indivíduos desta forma, deveria existir no habitat natural um
mecanismo idêntico, que levaria apenas
os mais aptos a sobreviver em determinado local, mais tarde designou o
mecanismo de seleção natural.
Já falámos de exemplos de seleção artificial, em espécies
domésticas, existirão exemplos de seleção artificial no habitat natural?
Um exemplo específico de seleção artificial,
efetuada através
da caça
no habitat natural
é o dos Elefantes–africanos, hoje em dia já é
notória a
diferença que existe no tamanho
dos dentes, a que vulgarmente
é chamado de
marfim, antes
estes dentes eram geralmente
maiores e mais
desenvolvidos do que são hoje. Esta situação
está relacionada
com o facto de os elefantes
que mais interessavam
aos caçadores
para o
tráfico do marfim serem e ainda
são os que têm as presas
maiores, assim
condicionou-se a existência
desta característica
nas populações.