A murta (Myrtus communis
L.) é um arbusto que pode chegar aos 5 metros. Um arbusto distingue-se de uma
árvore porque, normalmente, ramifica-se a partir da base, enquanto que a árvore
tem um eixo (tronco) principal.
Apresenta muitos ramos e as suas
folhas verdes, brilhantes e aromáticas são perenes, ou seja, não caem durante o
inverno. As suas flores, também aromáticas, são brancas, com cinco pétalas e
muitos estames (estruturas reprodutoras masculinas), e surgem no final da
primavera ou durante o verão. Os seus frutos, os mirtos, surgem no outono, são
pseudobagas azuis escuras ou pretas, mas por vezes podem surgir frutos brancos.
Os insetos efetuam a polinização, enquanto as aves, que se alimentam dos
frutos, são responsáveis pela dispersão das inúmeras sementes.
Pertence à família das Mirtáceas,
com cerca de 5000 espécies, onde se incluem também os eucaliptos. Nesta família
as espécies são maioritariamente tropicais, muitas delas naturais da Austrália,
sendo a murta o único elemento da família nativo na Europa, nomeadamente, na
região mediterrânica. A murta cresce em ambientes secos, e faz parte das
comunidades de matagais mediterrânicos pré-florestais, sobretudo no centro e
sul do país.
Murta |
Das suas raízes e casca são
extraídos taninos, que têm propriedades anti-herbivoria (para evitar que a
planta seja comida) e contra organismos patogénicos (para proteger a planta de
doenças).
A sua madeira dura e elástica é bastante
apreciada no fabrico de bengalas, cabos de ferramentas, mobílias, etc..
Os frutos são utilizados no
fabrico de licores.