Arara-jacinta (Anodorhynchus hyacinthinus) |
O tráfico ilegal de animais ocupa a segunda posição na lista de ameaças
às espécies de animais. Antecedida pela destruição do habitat natural, é uma
prática equiparada ao tráfico de droga e de armas, no que respeita a
movimentação de dinheiro. O tráfico ilegal de espécies pode levar à sua
extinção.
Muitas espécies de animais são
alvo frequente deste tipo de tráfico que pode incidir em ovos (de aves ou de répteis),
em partes do animal (como dentes ou pele) ou em animais já nascidos, sobretudo
crias mas também animais adultos. As redes estão muito bem organizadas e as
espécies envolvidas no tráfico variam consoante a época e as tendências do
mercado comprador.
A CITES, a Convenção sobre o Comércio
Internacional de Espécies da Fauna e da Flora Selvagem Ameaçadas de Extinção, é
um acordo internacional entre governos que conta actualmente com o compromisso
de 183 nações em todo o Mundo. Unidas para combater o tráfico ilegal de
espécies de plantas e animais. Mas não é a única instância com este objetivo, a
TRAFFIC, a Rede de Monitorização do Comércio de Vida Selvagem, é uma
organização não-governamental, que tem como missão assegurar que o comércio de
plantas e animais selvagens não seja uma ameaça para a conservação da Natureza.
Em conjunto, CITES e TRAFFIC permitem obter informação imprescindível para que globalmente se tomem as medidas mais adequadas, tendo como objetivo a conservação da biodiversidade, sem esquecer o desenvolvimento sustentável das populações humanas.
Em conjunto, CITES e TRAFFIC permitem obter informação imprescindível para que globalmente se tomem as medidas mais adequadas, tendo como objetivo a conservação da biodiversidade, sem esquecer o desenvolvimento sustentável das populações humanas.
Certificado CITES |
Uma das formas de monitorizar este mercado de compra e venda ilegal é
através da aplicação da CITES. Faça a sua parte já nesta época festiva, se
estiver na sua lista de Natal oferecer um animal exótico (muitos dos répteis,
anfíbios e aves à venda em lojas de animais comuns), exija na loja o certificado
CITES do animal que está a comprar.
Este é um documento obrigatório que garante
que aquele animal não foi retirado da Natureza, ou seja, que não é oriundo de
tráfico ilegal. O certificado é a única forma indubitável de que com a sua
compra não está a contribuir para a extinção das espécies e dos seus habitats.