Surgiram há mais de 200
milhões de anos e pouco mudaram desde então. De quem é que estamos a falar?
As tartarugas são dos répteis mais antigos do mundo e
caracterizam-se pela sua carapaça dura, que lhes serve de camuflagem e
proteção. Este grupo destaca-se pela sua longevidade, havendo espécies que
podem durar mais de 100 anos.
No dia 23 de maio, comemora-se o Dia Mundial da Tartaruga com o
objetivo de dar a conhecer os perigos e ameaças que este grupo de animais
enfrenta, incentivando as populações a repensarem os seus atos diários e a
contribuírem para a sua conservação.
Os quelónios, nome atribuído à ordem taxonómica das tartarugas, adaptaram-se tanto ao meio aquático como terrestre, existindo espécies marinhas e de água doce (sendo as primeiras completamente aquáticas e as últimas geralmente semiaquáticas), bem como espécies estritamente terrestres. Todavia, todos os quelónios são ovíparos e as fêmeas depositam os seus ovos em terra.
Morfologicamente são distintos de todos os outros répteis
pela presença de uma carapaça formada por placas ósseas fundidas com
o esqueleto, que são, por sua vez, revestidas por placas córneas de vários
formatos (consoante a espécie) e onde podem ser observados diversos
padrões de coloração, usados para fins identificativos da espécie (embora
não sejam geralmente suficientes, por causa da grande variação individual
que esta característica pode apresentar). A parte inferior, onde o corpo da
tartaruga assenta, denomina-se de plastrão.
Das 15 espécies existentes no Jardim Zoológico, sete estão em perigo de extinção. O Jardim Zoológico participa ativamente na conservação da Tartaruga-do-egipto (Testudo kleinmanni) através do seu Programa Europeu de Reprodução de Espécies Ameaçadas (EEP); colabora para o Studbook Europeu da Tartaruga-de-pescoço-comprido-de-roti (Chelodina mccordi) e coordena o Studbook Europeu da Tartaruga-espinhosa (Heosemys spinosa).
Em 2008, o Jardim Zoológico recebeu 6
Tartarugas-de-pescoço-comprido-de-roti. O sucesso reprodutivo conseguido no
Reptilário ao longo dos anos fez com que se transformasse num grupo de 30
indivíduos. O maior desta espécie entre zoos da Europa, e uma contribuição
notável para a sua conservação.
A pressão humana sobre os seus habitats, bem como a captura e recolha de tartarugas da Natureza, quer se tratem de animais adultos, juvenis ou ovos para consumo humano e para o comércio ilegal de espécies exóticas, têm contribuído para uma redução drástica das populações da maioria das espécies, sendo este, atualmente, um dos grupos de vertebrados mais ameaçados do mundo.
A pressão humana sobre os seus habitats, bem como a captura e recolha de tartarugas da Natureza, quer se tratem de animais adultos, juvenis ou ovos para consumo humano e para o comércio ilegal de espécies exóticas, têm contribuído para uma redução drástica das populações da maioria das espécies, sendo este, atualmente, um dos grupos de vertebrados mais ameaçados do mundo.
Para a sua conservação, é essencial haver um maior
compromisso dos seres humanos com a conservação da Natureza, através da adoção
de boas práticas ambientais diariamente, como a redução do consumo, a
reutilização de materiais e a reciclagem:
> Evite manter répteis como animais domésticos;
> Nas lojas de animais, não compre tartarugas sem confirmar que
o animal não foi retirado da Natureza, peça o certificado legal (CITES);
> Nunca,
em caso algum, retire animais do seu habitat natural;
> Não
abandone as suas tartarugas ou outro animal na Natureza;
> Divulgue a importância da conservação das espécies e da
realização de boas práticas ambientais;
> Contribua para campanhas de angariação de fundos
direcionados para a conservação de espécies e seus habitats.
Não hiberne. A sobrevivência das espécies e a conservação
dos seus habitats, depende da ação de todos nós.