Hoje, dia 4 de dezembro,
comemora-se o Dia Internacional da Chita (Acinonyx
jubatus). E o que há a dizer sobre esta curiosa espécie de felino?
É o mamífero terrestre mais
rápido do mundo em curtas distâncias, conseguindo atingir 75 km/h em apenas 2
segundos! Habita em savanas, planícies arborizadas e zonas semidesérticas no
continente africano.
A Chita é um felino esguio, com
patas muito longas e a cabeça pequena em relação ao tamanho do corpo. Apresenta
uma linha negra em forma de lágrima, do canto de cada olho até à boca, não se
conhece bem a sua função, mas parece proteger os seus olhos do sol.
Tem garras expostas, ao contrário
do que sucede com a maioria dos felinos (cujas garras são totalmente
retrácteis), fundamentais para a corrida em velocidade. É graças a esta enorme
velocidade que capturam as suas ágeis presas de pequena e média dimensão, sendo
que se alimentam principalmente de gazelas, impalas, crias de zebra e gnus.
Consegue resistir longos períodos sem água.
As chitas são especiais,
diferentes dos restantes felinos, sobretudo pelos seus hábitos principalmente
diurnos e terrestres e pela sua estratégia de caça. Caçam por perseguição em
corrida, contrariamente à maioria dos felinos, que caça por emboscada.
A reprodução das chitas sob
cuidados humanos tem-se mostrado muito difícil, o que faz com que os projetos
de conservação da espécie se tornem verdadeiramente desafiantes. A primeira vez
que o Jardim Zoológico conseguiu reproduzir chitas foi em 2013, tendo-se
seguido duas novas ninhadas. Este sucesso é fruto não só do investimento e
planeamento na construção de um novo espaço para acolher animais desta espécie,
mas também dos cuidados diários prestados por tratadores e veterinários. Machos
e fêmeas ocupam partes diferentes da instalação, encontrando-se apenas por
breves instantes para a cópula e separando-se imediatamente depois. Esta forma
de manter chitas sob cuidados humanos parece ser a mais adequada ao seu
bem-estar e reprodução, constituindo uma informação fundamental para a sua sobrevivência.
Esta espécie está classificada
como “Vulnerável” pela UICN (União Internacional para a Conservação da Natureza)
e estima-se que tenha desaparecido em 76% da sua área de distribuição original,
por ação humana. A caça ilegal para obtenção da pele, a perda do habitat devido
à ocupação humana e a redução de presas naturais são as suas principais
ameaças. Pertence ao apêndice I da CITES (Convenção sobre o Comércio
Internacional de Espécies da Fauna e da Flora Selvagem Ameaçadas de Extinção).
Corra até ao zoo para conhecer esta espécie, um felino cheio de pinta!